O Ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) rejeitou qualquer aumento acima de 7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Padilha disse que o presidente Lula já precisou vetar reajuste para a categoria outras vezes e que o governo está tranquilo quanto ao assunto. O ministro se reuniu ontem com os principais líderes partidários da Câmara dos Deputados.
"Não nos responsabilizamos com qualquer outra proposta, além daquilo que o governo suporta. Quem tudo quer nada tem", disse ele. "O governo não está sendo intransigente. Já está dando um aumento real para os aposentados".
Mesmo diante de sua afirmação, os deputados da base reafirmaram após o encontro que devem votar em um reajuste maior, de 7,7%. Esse foi o índice acertado pelos líderes dos partidos aliados no Senado. "Queremos um acordo que englobe a Câmara e o Senado", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
Padilha disse que já se reuniu com o líder do governo, senador Romero Jucá (RR), e que foi claro ao dizer que um reajuste maior não era possível.
A medida provisória que trata do reajuste dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo tranca a pauta da Câmara. Originalmente, ela concede um aumento de 6,14%. O relator da proposta, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), garante que vota o texto esta semana, mesmo se for para ser derrotado.
Previdência
Mais cedo, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse que o Executivo já fez sua parte e que nem o reajuste de 7% para as aposentadorias, negociado com líderes da base governista na Câmara, está assegurado.
"Havia uma discussão na Câmara, mas agora o assunto está nas mãos do Legislativo, que vai decidir o índice e de onde virá o dinheiro. O Executivo fez sua parte: o reajuste de 6,14%, que está na medida provisória", declarou Gabas, referindo-se às divergências sobre o reajuste levantadas no Senado. Os senadores querem um aumento de 7,7% para os benefícios.
Fonte:MARIA CLARA CABRAL e JULIANNA SOFIA - Folha Online
14 de abril de 2010
Governo rejeita aumento acima de 7%
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