Hoje foi realizado o que há muito tempo não se via em correios. Um ato pelos direitos sindicais, pela liberdade de expressão. O ato ocorreu na cidade de Araraquara e contou com militantes do sindicato dos correios de Ribeirão Preto e região, com apoio dos sindicatos de servidores municipais, bancários, eletricitários e com a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Pela CUT falou o companheiro Luiz Henrique, que se solidarizou com a luta do SINTECT: “não vendo cabimento em acontecer perseguições sindicais nos dias de hoje, ainda mais em uma empresa pública, controlada pelo partido dos trabalhadores.”
As perseguições
Os militantes do SINTECT de Ribeirão Preto estão sendo alvo de processos administrativos montados com o intuito de abalar sua atuação sindical e retirar sua credibilidade frente à categoria, fragilizando para uma possível demissão. Recentemente o dirigente sindical. Enevaldo Santa Rosa levou cinco dias de suspensão por uma discussão com a supervisora em Jaboticabal, isto após um ano e meio do episódio, este mesmo dirigente já tinha levado outros três dias pelo mesmo motivo. Outro dirigente sindical, Aparecido Romualdo, de Ribeirão Preto começou a ser perseguido em seu local de trabalho com pesquisa e acompanhamento direto, após isto se abriu o processo administrativo sem dar direito aos prazos de defesa.
No caso em Araraquara, o dirigente Armando deu várias entrevistas aos veículos de comunicação locais sob as condições de trabalho. As afirmações de Armando são notícia da grande imprensa há anos, ou seja, falta de funcionários. Mas a direção da empresa esta abrindo processo contra o dirigente porque ele não poderia dar entrevista. Ora se isto não é tentar calar a voz do dirigente o que é então?
Em Serrana o dirigente Josafá, após uma discussão em seu local de trabalho recebeu uma SIE (solicitação de informação ao empregado), que precede ao processo administrativo, coisa que poderia ser resolvida com diálogo. No CTCE, Antonio Sandoval, ex-dirigente sindical e militante sindical esta tendo contagem de cartas, como acompanhamento de produção de forma habitual, ao se recusar a aceitar a situação, alertando a chefia que a prática se caracteriza um abuso, o mesmo recebeu uma SIE.
Corretamente o sindicato esta lançando uma ofensiva em defesa dos direitos sindicais, não acreditamos que o novo presidente Wagner Pinheiro, ex-sindicalista concorde com estes absurdos, queremos fazer chegar até ele, o Ministro das Comunicações Paulo Bernardes e a presidente Dilma esta situação.
Câmara de vereadores de Araraquara
Após o ato, seguimos para a câmara de vereadores da cidade de Araraquara, onde em plenária, foi concedida a palavra ao dirigente Armando, que é carteiro da cidade, e ao presidente do SINTECT Carlos, para que os mesmo relatassem o ocorrido. Após relato todos os vereadores se manifestaram contrário a prática adotada no caso do Armando, dizendo que a liberdade sindical e de expressão é uma conquista da democracia. Os três vereadores do partido dos trabalhadores, não só apoiaram a luta sindical como ficaram de se manifestar nas esferas partidárias sobre o ocorrido, pois estas atitudes não condizem com o governo da presidente Dilma.
UNI-GLOBAL
Rogério Ubine, vice-presidente do comitê postal da UNI-AMÉRICAS estará fazendo queixa formal junto ao nosso sindicato mundial UNI-GLOBAL, para que os Sindicatos se manifestem sobre este sagrado direito que é a liberdade sindical junto governo brasileiro. Ubine disse: “convocaremos todos os sindicatos de correios, através da FENTECT a se manifestarem pelo fim das perseguições contra os dirigentes sindicais na região de Ribeirão Preto. Estaremos passando um modelo de carta que solicitaremos a todos os sindicatos que enviem ao presidente dos Correios. Não aceitaremos perseguições, exigimos o respeito e n liberdade sindical e de expressão com o imediato arquivamento dos processos em andamento e a reversão as punições aplicadas.
1 comentários:
Parabéns aos companheiros de Araraquara e da região que organizaram e participaram deste ato.Solidarizo-me com todos que estão sofrendo perseguição,em especial ao dirigente Armando,porque já passei por uma situação idêntica a dele.Se um sindicalista,que é legitimamente eleito pelos trabalhadores para representá-lo,não puder falar em nome da categoria sobre as más condições de trabalho que são pública e notória,quem poderá? Infelizmente muitos gestores da ECT ainda utilizam uma simples entrevista como argumento para atacar a atividade sindical e a liberdade garantida pela Constituição; Companheiro Ubine,parabéns pela matéria divulgada no blog.
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